Ergonomia e EPI no uso de plataformas elevatórias

Por Portal Saúde Confiável

29 de outubro de 2025

O uso de plataforma elevatória exige atenção especial aos fatores ergonômicos e ao uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Esses cuidados são essenciais para reduzir acidentes, prevenir lesões musculoesqueléticas e garantir conforto ao operador durante longos períodos de trabalho em altura. A ergonomia aplicada ao manuseio e à operação desses equipamentos considera postura, esforço físico, visibilidade e interface de controle.

Além da adequação física, a segurança depende da correta utilização de EPIs e da realização de inspeções diárias. Plataformas mal reguladas, controles duros ou ausência de fixação de cinto de segurança podem gerar incidentes evitáveis. Assim, adotar rotinas padronizadas de checagem e treinamento é uma medida fundamental de prevenção.

Este artigo aborda boas práticas ergonômicas, requisitos de EPI e protocolos de inspeção que asseguram a operação segura e eficiente de plataformas tesoura e articuladas.

 

Ergonomia aplicada à operação em altura

O conforto e a postura do operador têm impacto direto na segurança e no desempenho durante o uso de plataformas elevatórias. A interface de controle deve ser posicionada de forma a permitir alcance natural e movimentos suaves, evitando esforço excessivo dos ombros e punhos. A escolha da locação de plataforma elevatória adequada ao tipo de serviço também influencia o risco ergonômico, já que equipamentos com comandos hidráulicos precisos e superfícies estáveis reduzem vibrações e desconforto.

O piso antiderrapante e o espaço interno adequado para movimentação são fatores importantes, especialmente em operações prolongadas. Além disso, a iluminação e ventilação da área de trabalho devem ser verificadas, evitando reflexos ou calor excessivo que possam prejudicar a concentração do operador.

Aplicar princípios de ergonomia não apenas previne fadiga, mas também contribui para decisões mais seguras e maior controle durante o manuseio do equipamento.

 

Checklist de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

O uso de EPIs é obrigatório para qualquer trabalhador que opere plataformas elevatórias. O checklist deve incluir cinto de segurança tipo paraquedista com talabarte duplo, capacete com jugular, calçado de segurança, luvas antiderrapantes e óculos de proteção. No caso do aluguel de plataforma tesoura, é importante verificar se o ponto de ancoragem do cinto está em perfeitas condições e se o talabarte possui comprimento adequado para o espaço de trabalho.

Além dos equipamentos básicos, o operador deve portar colete refletivo para sinalização em áreas externas e protetor auricular em locais com ruído acima de 85 dB. O uso de EPI deve ser acompanhado de treinamento sobre colocação, ajuste e verificação de integridade antes de cada turno.

Empresas locadoras devem garantir que todos os acessórios de segurança estejam disponíveis e em boas condições no momento da entrega do equipamento.

 

Procedimentos de inspeção e manutenção preventiva

Antes de iniciar qualquer atividade, o operador deve realizar uma inspeção visual completa da máquina, observando pneus, sensores, sistemas hidráulicos, controles e pontos de fixação. No caso da locação de plataforma elevatória articulada, o alcance lateral e a articulação devem ser testados sem carga, verificando se há ruídos anormais ou vazamentos de óleo.

Os checklists diários devem registrar eventuais irregularidades e acionar o suporte técnico da locadora quando necessário. A manutenção preventiva programada é responsabilidade do locador, mas o operador tem o dever de interromper a operação em caso de falha percebida.

Esses procedimentos evitam acidentes e garantem maior durabilidade do equipamento, reduzindo paradas inesperadas e custos indiretos.

 

Fatores ambientais e postura de trabalho

Condições ambientais influenciam diretamente a ergonomia do trabalho em altura. Ventos fortes, calor excessivo e pisos irregulares aumentam o esforço físico e o risco de instabilidade. O operador deve manter postura neutra, com os pés firmes e o centro de gravidade equilibrado no piso da plataforma. No contexto de plataforma elevatória aluguel, recomenda-se selecionar modelos com estabilizadores automáticos e controle de nivelamento.

Durante o uso, os movimentos devem ser lentos e controlados, evitando giros bruscos ou inclinações repentinas. A postura inadequada e a sobrecarga nos membros inferiores são causas frequentes de desconforto e microlesões, especialmente em jornadas longas.

Os supervisores de obra devem fiscalizar as condições climáticas e suspender atividades quando o vento ultrapassar limites de segurança definidos pelo fabricante.

 

Treinamento e conscientização do operador

Treinamentos práticos e teóricos são fundamentais para garantir a correta aplicação das medidas de segurança. O operador deve ser capacitado conforme as normas NR-18 e NR-35, com foco em ergonomia, operação segura e uso de EPI. Simulações periódicas ajudam a reforçar a atenção e o reflexo em situações de emergência.

Durante o curso, é importante abordar temas como fadiga postural, intervalos de descanso e técnicas de movimentação corporal. O conhecimento ergonômico permite que o trabalhador reconheça sinais de desconforto e adote medidas preventivas antes que evoluam para lesões.

Empresas que promovem reciclagem periódica reduzem significativamente a ocorrência de incidentes e melhoram a produtividade no uso de plataformas elevatórias.

 

Saúde ocupacional e cultura preventiva

A ergonomia e o uso de EPI não devem ser tratados apenas como obrigação normativa, mas como parte de uma cultura de segurança contínua. O acompanhamento médico ocupacional e a avaliação de riscos ergonômicos ajudam a identificar fragilidades e ajustar as rotinas de trabalho.

Implementar programas de ginástica laboral, pausas regulares e ergonomia participativa contribui para o bem-estar físico e mental dos operadores. Além disso, a análise de incidentes e quase acidentes fornece dados valiosos para melhorar os protocolos internos.

Com planejamento, treinamento e disciplina, é possível unir produtividade e segurança, transformando o uso de plataformas elevatórias em um processo seguro, eficiente e alinhado às boas práticas de saúde ocupacional.

 

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