Pintura pode afetar sua saúde mais do que imagina

Por Portal Saúde Confiável

4 de junho de 2025

Pouca gente imagina que uma simples demão de tinta pode esconder riscos sérios à saúde. Afinal, pintar a casa é algo que fazemos com frequência, certo? Trocar a cor de um ambiente, renovar um espaço, mudar o astral. Mas o que muitos não sabem é que por trás daquele cheirinho de “pintura nova” pode haver uma série de substâncias tóxicas — e é aí que mora o problema.

Quando falamos em reforma ou decoração, raramente consideramos o impacto dos materiais no nosso corpo. Mas tintas, vernizes e solventes liberam compostos orgânicos voláteis (os famosos COVs), que são inalados por horas ou até dias após a aplicação. E isso não só causa desconforto — como pode afetar o sistema respiratório, causar dores de cabeça, alergias e até reações mais graves.

Além disso, cada tipo de tinta se comporta de forma diferente no ambiente. Algumas acumulam mais poeira, outras favorecem o mofo. Há ainda aquelas que liberam partículas por meses após a pintura. Ou seja, escolher a tinta errada para o cômodo errado é mais do que um erro estético — é um risco à saúde da sua família.

Então, antes de pegar o rolo e começar a colorir as paredes, vale entender melhor o que está em jogo. Vamos falar sobre os tipos de tinta, os cuidados na hora da aplicação e como se proteger durante esse processo. Afinal, sua casa deve ser bonita, sim — mas, acima de tudo, segura e saudável.

 

Composição da tinta: o que você está respirando?

Nem toda tinta é igual. E não estamos falando só de acabamento ou cobertura. A composição química varia muito entre uma tinta e outra — e é isso que define o impacto que ela terá no ambiente e na sua saúde. As tintas convencionais, por exemplo, costumam conter COVs (compostos orgânicos voláteis), metais pesados e outros aditivos tóxicos.

Esses compostos são liberados no ar durante a aplicação e podem continuar evaporando por semanas. O cheiro forte é só um dos sinais. O problema maior é o que não vemos: partículas microscópicas que entram pelas vias respiratórias e se acumulam no organismo. Crianças, idosos, gestantes e pessoas com problemas respiratórios são as mais afetadas.

Por isso, o ideal é optar por tintas com baixo ou zero COV, à base de água e com selos de qualidade ambiental. E claro, todo cuidado com a aplicação é pouco. Inclusive, vale contratar pedreiro profissional que saiba trabalhar com os produtos certos para cada tipo de ambiente, evitando improvisos e riscos desnecessários.

 

Ventilação e tempo de cura: o perigo invisível

Pintou a casa e voltou no dia seguinte? Má ideia. Mesmo após a secagem superficial, as tintas continuam liberando gases — especialmente em ambientes pouco ventilados. O tempo de cura (aquele período em que a tinta estabiliza completamente) pode durar até 30 dias. E enquanto isso, você está respirando tudo o que ela libera.

Esse cenário é ainda mais crítico quando a pintura é feita em banheiros, quartos ou áreas de uso contínuo. O cheiro forte até passa rápido, mas os compostos continuam ali, interagindo com a umidade e se depositando em superfícies. E o pior: muitas dessas partículas se fixam em cortinas, colchões, roupas e permanecem por semanas.

Para evitar isso, o ideal é planejar a pintura com um bom tempo de antecedência — e deixar o ambiente ventilado por pelo menos 48 a 72 horas antes de ocupá-lo novamente. Em reformas que envolvam várias etapas, como mudanças hidráulicas e pintura simultânea, é fundamental contratar encanador em são paulo e coordenar bem o cronograma pra que cada etapa respeite seu tempo de cura e ventilação.

 

Ambientes úmidos e tintas inadequadas

Tem coisa mais frustrante do que pintar o banheiro ou a cozinha e ver a tinta descascando dois meses depois? Além de ser um problema estético, isso pode indicar algo pior: fungos e mofo. E sim, isso também afeta a saúde — especialmente de quem já tem rinite, asma ou alergias respiratórias.

Nesses ambientes, o ideal é usar tintas específicas para áreas úmidas, com ação antimofo e boa resistência à lavagem. Algumas tintas ainda possuem aditivos antibacterianos, que evitam a proliferação de microrganismos nocivos. A escolha do tipo certo faz toda a diferença para manter o ambiente saudável por mais tempo.

Uma empresa de reformas e reparos experiente geralmente inclui esse tipo de especificação já no projeto, considerando a umidade do ambiente, incidência de luz natural e até o tipo de ventilação. Tudo isso influencia na durabilidade da tinta e na saúde de quem mora ali.

 

Pintura em reformas maiores: riscos acumulados

Em reformas mais amplas, a pintura é só uma das etapas — mas é uma das que mais afeta a qualidade do ar no curto prazo. Quando somada ao uso de colas, argamassas, selantes e outros materiais, o ar pode se tornar carregado de substâncias tóxicas. O que, num primeiro momento, pode parecer só um cheiro incômodo, na verdade pode gerar intoxicação leve ou moderada.

Náusea, tontura, dores de cabeça e sensação de irritação nos olhos ou garganta são sinais claros de que algo não está bem. E sim, o responsável pode ser a tinta — especialmente quando usada em ambientes sem circulação de ar. Crianças pequenas e animais de estimação são os mais vulneráveis nesses contextos.

Se você está iniciando uma reforma de casas, vale a pena considerar o uso de materiais com selo verde, programar a pintura para os últimos dias da obra (quando o local estará quase pronto) e, sempre que possível, manter os moradores fora do imóvel durante esse período.

 

Manutenção e reaplicação com segurança

Mesmo depois da obra concluída, a manutenção periódica da pintura exige cuidados. Pintar por cima da tinta antiga sem avaliar a parede pode liberar partículas do material anterior, que pode conter chumbo ou outros metais pesados — especialmente em casas mais antigas ou sem histórico de reforma recente.

Nesses casos, o ideal é raspar, lixar e preparar a superfície com materiais adequados, sempre usando EPI (equipamento de proteção individual). Máscara, luvas e óculos de proteção são itens obrigatórios — mesmo em serviços aparentemente simples. A poeira da lixa, por exemplo, é altamente irritante e não deve ser inalada.

Por isso, ao solicitar serviços de reformas residenciais, verifique se os profissionais estão equipados e capacitados para executar a pintura com segurança, respeitando as normas técnicas e de saúde ocupacional. Isso não é um capricho — é uma proteção essencial pra todos que estão na casa.

 

Alternativas mais seguras e ecológicas

Felizmente, o mercado de tintas tem evoluído bastante nos últimos anos. Hoje, já existem várias opções com menor impacto à saúde e ao meio ambiente. Tintas minerais, à base de água, sem solventes tóxicos e com ingredientes naturais vêm ganhando espaço — especialmente entre quem valoriza ambientes mais sustentáveis e saudáveis.

Essas tintas podem ter um custo um pouco maior, mas o benefício a longo prazo é evidente. Menor risco de alergias, maior conforto respiratório, menos cheiro forte e melhor qualidade do ar dentro de casa. Ideal para quem tem crianças, pets ou quer simplesmente viver num espaço mais equilibrado.

Se você está em dúvida sobre qual tinta usar, converse com o profissional responsável pela obra e busque selos de qualidade como o da ABNT ecológica, Green Seal ou EcoLabel. Um ambiente bonito é ótimo — mas um ambiente saudável é indispensável.

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